2 resultados para CD4 T lymphocyte

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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INTRODUO: A infeco por HIV-1 um grave problema de sade pblica causando elevada taxa de morbidade e mortalidade. Entretanto, alguns indivduos so considerados resistentes infeco por HIV-1, mesmo aps repetidas exposies ao vrus. Vrios fatores imunolgicos e genticos podem estar associados a resistncia infeco, como ativao de componentes da imunidade inata e tambm devido ao baixo perfil de ativao das clulas T. possvel que nos indivduos expostos e no infectados por HIV-1 (ENI) ocorra uma importante atuao das clulas T secretoras de IL-17 e IL-22, e tambm as clulas T reguladoras, pois so necessrias para a manuteno e homeostase das mucosas associadas ao intestino (GALT). OBJETIVO: Avaliar o fentipo e a funo de clulas TCD4+ e TCD8+ em casais sorodiscordante ao HIV-1, compostos por indivduos ENI e os parceiros infectados por HIV-1. MTODOS: Os casais sorodiscordantes ao HIV-1, consistiam de 23 indivduos expostos no-infectados (ENI), 14 mulheres e 9 homens, com mediana de 41 anos e 21 parceiros infectados por HIV-1 (HIV), 20 homens e 1 mulher com mediana de 41 anos. Os controles saudveis foram 24 indivduos (14 mulheres e 10 homens) com mediana de 37 anos. Os casais sorodiscordantes foram compostos por 16 heterossexuais e 7 homossexuais, com tempo de relacionamento de 13 anos. As frequncias de clulas Th17, Th22 e Tc22, as clulas T polifuncionais foram analisadas em clulas mononucleares (CMNs) do sangue perifrico, estimulados com peptdeos da regio Gag do HIV-1 e da enterotoxina B do Staphylococcus aureus (SEB), a frequncia de clulas T reguladoras, o perfil fenotpico de exausto/diferenciao e a expresso da integrina alfa4?7 e CCR9 em clulas T, foram realizados por citometria de fluxo. RESULTADOS: No grupo HIV, as clulas T CD4+ e CD8+ do sangue perifrico mostrou maior frequncia de CD95 e PD-1 e baixa expresso de CD127 comparado ao grupo ENI e controle. A frequncia de clulas Th17 em CMNs aumentou nos grupos ENI e HIV-1 na condio sem estmulo, contudo, aps estmulo com os peptdeos da regio p24 da Gag do HIV-1 induziu resposta somente no grupo HIV-1. O grupo ENI mostrou resposta antgeno-especifica somente para IL-22. Alm disto, avaliando as clulas Tc22 e Th22, foi verificado aumento da resposta aos peptdeos da Gag e tambm ao SEB, nos grupos HIV e ENI. A presena de clulas T polifuncionais antgeno-especificas, secretoras de 5-4 citocinas, foi detectada apenas em clulas T CD38+ no grupo HIV, enquanto os indivduos ENI mostraram resposta polifuncional por clulas T CD38- somente ao estmulo policlonal por SEB. Uma diminuio do nmero absoluto de clulas T reguladoras (CD4+CD25+CD127low/-Foxp3+) foi detectada no grupo HIV comparado ao ENI e controle, com maior expresso de molculas HLA-DR e CD95. Alm disto, foi detectado diminuio na frequncia de clulas TCD8+ ?4?7+ no grupo ENI e de clulas TCD4+ alfa4beta7+ nos grupos ENI e HIV. Houve uma correlao positiva entre as clulas Tc22 e Th22 com as clulas TCD8+ e TCD4+ que expressam alfa4beta7, no grupo ENI e HIV-1. CONCLUSO: Os indivduos ENI so capazes de desenvolver resposta antgeno-especficas relacionadas com a IL-22, que possui importante funo na imunidade de mucosas. Alm disto, mostram presena de clulas T polifuncionais com baixo perfil de ativao a estmulo policlonal. Os dados evidenciam que os indivduos ENI, mostram induo de clulas Tc22, aumento de expresso de molculas de migrao para o intestino e equilbrio entre as clulas efetoras e Treg, que em conjunto, devem exercer importante papel para a resistncia infeco por HIV-1

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Introduo. Apesar das evidncias dos efeitos imunomodulatrios da morfina, no h na literatura estudos que tenham comparado a interao entre citocinas, imunidade celular (linfcitos T, B e NK) e a administrao prolongada de morfina administrada pelas vias oral ou intratecal em doentes com dor crnica neuroptica no relacionada ao cncer. Foram avaliados de forma transversal e comparativa 50 doentes com diagnstico de dor lombar crnica e com presena de radiculopatia (dor neuroptica) previamente operados para tratar hrnia discal lombar (Sndrome Dolorosa Ps- Laminectomia), sendo 18 doentes tratados prolongadamente com infuso de morfina pela via intratecal com uso de sistema implantvel no compartimento subaracnideo (grupo intratecal); 17 doentes tratados prolongadamente com morfina pela via oral (n=17) e 15 doentes tratados com frmacos mas sem opiides (grupo sem opioide). Foram analisadas as concentrao das citocinas IL-2, IL-4, IL-8, TNFalfa, IFNy, IL-5, GM-CSF, IL-6, IL-10 e IL-1beta no plasma e no lquido cefalorraquidiano; imunofenotipagem de linfcitos T, B e clulas NK e avaliados os ndice de Escalonamento de Opiide (em percentagem de opiide utilizada e em mg), dose cumulativa de morfina (mg), durao do tratamento em meses, dose final de morfina utilizada (em mg), e equivalente de morfina por via oral (em mg). Resultados. No houve diferena estatisticamente significativa entre o nmero de linfcitos T, B e NK nos doentes com morfina administrada pelas vias IT, VO e os no usurios de morfina. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD4 e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao negativa entre as concentraes de clulas NK (CD56+) e o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) nos doentes tratados com morfina por via intratecal. Houve correlao positiva entre o nmero de clulas NK (CD56+) e a dose cumulativa de morfina (em mg) administrada pelas vias intratecal e oral. Houve correlao positiva entre as concentraes de linfcitos T CD8 e a durao do tratamento em meses nos doentes tratados com morfina pela via oral. As concentraes de IL-8 e IL-1beta foram maiores no LCR do que no plasma em todos os doentes da amostra analisada. As concentraes de IFNy no LCR foram maiores nos doentes que utilizavam morfina pela via oral e nos no usurios de morfina do que nos que a utilizavam pela via intratecal. As concentraes de plasmticas de IL-5 foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos que no a utilizavam. A concentrao de IL-5 no LCR correlacionou-se negativamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal. Nos doentes tratados com morfina pelas via oral ou intratecal, a concentrao de IL-2 no LCR correlacionou-se positivamente com a magnitude da dor de acordo com a EVA e negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg) e a dose cumulativa de morfina (em mg). As concentraes plasmticas de GMCSF foram maiores nos doentes utilizavam morfina pela via oral ou intratecal do que nos no a utilizavam. A concentrao de TNFalfa no LCR nos doentes tratados com morfina pela via intratecal correlacionou-se negativamente com o ndice de Escalonamento de Opiide (em % e mg), a dose cumulativa de morfina (em mg) e dose equivalente por via oral (em mg) de morfina. A concentrao plasmtica das citocinas IL-6 e IL-10 correlacionou-se negativamente com a durao do tratamento (em meses) nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e TNFalfa nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. O ndice de Escalonamento de Opiide (em mg e %) correlacionou-se negativamente com as concentraes no LCR de IL-2 e IL-5 nos doentes tratados com morfina administrada pela via oral. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes de IL-5 e IL-2 no LCR nos doentes tratados com morfina administrada pelas vias oral e intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-4 nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Houve correlao negativa entre a intensidade da dor de acordo com a EVA e as concentraes plasmticas de IL-1beta nos doentes tratados com morfina administrada pela via intratecal. Concluses: Os resultados sugerem associaes entre citocinas e imunidade celular (clulas T , B e NK) e o tratamento prolongado com morfina administrada pela via oral ou intratecal. Estes resultados podem contribuir para a compreenso da imunomodulao da morfina administrada por diferentes vias em doentes com dor neuroptica crnica no oncolgica . So necessrios mais estudos sobre os efeitos da morfina sobre o sistema imunolgico